Transição de fluidos refrigerantes é essencial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas

March 20, 2024

 

 

 

Passado, presente e futuro do fluido refrigerante são temas de painel da Trane Brasil em evento promovido pela ASHRAE South Brazil no Rio Grande do Sul

No contexto global de busca por soluções sustentáveis, o setor de Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração (AVAC-R) desempenha um papel fundamental na redução das emissões de carbono. Nesse sentido, a Trane Brasil, líder no setor de soluções de climatização e controle de temperatura, abordou alternativas de fluidos refrigerantes durante seu painel na segunda edição do Seminário sobre Descarbonização, realizado nos dias 25 e 26 de março pelo South Brazil Chapter da ASHRAE (Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado), em Porto Alegre (RS).

Os fluidos refrigerantes, essenciais para o funcionamento dos sistemas de refrigeração e ar condicionado, têm sido alvo de crescente atenção devido ao seu impacto nas mudanças climáticas. “É crucial reconhecer a importância desses fluidos na descarbonização e promover a adoção de alternativas mais sustentáveis”, destaca Carlos Camargo, especialista em Monitoramento da Trane.

De acordo com dados do Observatório Nacional sobre Mudanças Climáticas do Brasil, o setor de AVAC-R é responsável por uma parcela significativa das emissões de gases de efeito estufa no país e, parcela disso, tem relação com o uso de fluidos refrigerantes de alto potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês). No mundo, estima-se que o setor de AVAC-R seja responsável por cerca de 17% das emissões globais de gases de efeito estufa.

Diante desse cenário, a transição para fluidos refrigerantes com baixo potencial de aquecimento global tornou-se uma prioridade. No Brasil, a Resolução Conama 001/90 regulamenta a eliminação gradual de substâncias que destroem a camada de ozônio e o compromisso com a emenda de Kigali do Protocolo de Montreal para redução do uso de hidrofluorocarbonetos (HFCs) de alto GWP colaboram com esta transição.

Dados recentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) indicam que o Brasil tem feito progressos na substituição de refrigerantes de alto GWP. A adoção de tecnologias mais eficientes em conjunto com os refrigerantes de menor GWP têm se mostrado promissores na redução das emissões de gases de efeito estufa no setor de AVAC-R.

Diante desses desafios e oportunidades, é essencial que governos, indústrias e sociedade civil trabalhem em conjunto para promover a adoção de tecnologias e práticas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa. “Investir em pesquisa e desenvolvimento de alternativas de baixo GWP, bem como em programas de capacitação e conscientização, são medidas essenciais para alcançar uma transição bem-sucedida para um futuro mais sustentável”, complementa Camargo.

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